Château Caronne Ste. Gemme: um Bordeaux do Haut-Medóc de bom custoxbenefício

Château Labat e Château Caronnes Ste Gemme - Haut Medóc
Château Labat e Château Caronnes Ste Gemme – Haut-Medóc

No dia 17 de setembro, esteve em Brasília o simpático François Nony, produtor responsável pelos bordaleses Château Caronne Ste Gemme e o Château Labat, em um jantar harmonizado no Norton Grill no Hotel Meliá Brasil 21, organizado pela importadora Porto a Porto.

François Nony, produtor responsável pelos bordaleses Château Caronne Ste Gemme e o Château Labat
François Nony, produtor responsável pelos bordaleses Château Caronne Ste Gemme e o Château Labat

As duas propriedades se encontram no Haut-Médoc e fazem fronteira com a famosa e prestigiosa sub-região de St. Julien, na margem esquerda de Bordeaux. A principal diferença entre elas é a composição dos seus respectivos solos.

Etiene Carvalho (Blog Vinho Tinto), Fred Benjamin (Porto a Porto), produtor e Bianca Dumas (Blog Vinho Tinto e @vinhobonzao)
Etiene Carvalho (Blog Vinho Tinto), Fred Benjamin (Porto a Porto), produtor francês François Nony e Bianca Dumas (Blog Vinho Tinto e @vinhobonzao)

O primeiro vinho degustado foi o Château Labat 2014, originário dos vinhedos que se encontram em uma área de solo mais argiloso e um pouco mais frio, onde a Merlot se adapta melhor. Dessa forma, ele é elaborado com as variedades Merlot (50%) e Cabernet Sauvignon (50%).

O segundo vinho, que foi destaque na degustação, foi o Château Caronne Ste. Gemme 2014, originário dos vinhedos localizados em um solo mais quente, composto por uma camada de cascalho sobre uma base de arenito, onde a Cabernet Sauvignon amadurece melhor. Esse vinho é composto de Cabernet Sauvignon (60%), Merlot (35%) e Petit Verdot (5%).

Château Caronne Ste Gemme: vinhedos localizados em um solo mais quente
Château Caronne Ste Gemme: vinhedos localizados em um solo mais quente

Vinho mais estruturado que o primeiro. No nariz, apresentou muito fruta negra, pimenta negra, couro e depois de abrir um pouco, apareceu um pouco de cedro, pinho, especiarias doces e um ligeiro toque balsâmico. A acidez era média e os taninos médios e um pouco adstringentes. Poderia envelhecer mais alguns anos para amaciar um pouco os taninos. A persistência é média. Em Brasília, esse vinho pode ser encontrado na Super Adega e no Atacadão Dia a Dia por R$ 140,00 aproximadamente.

Ambos os vinhos degustados estagiaram em barricas de carvalho por 12 meses, sendo que 20% delas eram novas. Nos dois vinhos, a madeira estava integrada e não se sobrepôs à fruta. O mais interessante é que eles possuem um estilo muito semelhante à grande parte dos vinhos de  Bordeaux.

Texto: Bianca Dumas (@vinhobonzao) e Etiene Gomes (@blogvinhotinto)

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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