Das telas para o campo: Vinícolas da Nova Zelândia se inspiram em Senhor dos Anéis para atraírem turistas

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Vinícolas mudam os ares para receber os turistas e pegar carona no crescimento do turismo – agora, o maior segmento em exportação da Nova Zelândia.

Para garantir que os enoturistas se tornem defensores vitalícios do vinho neozelandês, vinicultores da principal região da Nova Zelândia investem nas construções e estão ampliando a infraestrutura das vinícolas, procurando tirar vantagem da chegada recorde de turistas – pelo menos três estão abrindo salas de degustação novas ou reformuladas, enquanto outra está reformando um restaurante. Tem gente buscando inspiração até no cinema: o criador de belíssimas paisagens do filme Senhor dos Anéis foi contratado por uma delas para ajudar no empreendimento.

Cerca de 612 mil estrangeiros estiveram nos vinhedos do país, segundo dados obtidos até junho deste ano. O foco turístico pode ajudar as exportações de vinho a atingir a meta de 2 bilhões de dólares da Nova Zelândia em 2020, contra os 1,57 bilhões da Nova Zelândia no ano terminado em junho. Mas também será mais um estímulo para o turismo, que superou o segmento de lácteos no ano passado como maior setor de exportação da Nova Zelândia.

A China é o mercado turístico de mais rápido crescimento da Nova Zelândia. As chegadas de turistas do país aumentaram 27% no período de um ano. Por outro lado, o país mais populoso do mundo respondeu por apenas 1,8% das exportações de vinho da Nova Zelândia em valor, contra uma participação de 30% dos EUA.
A China é o mercado turístico de mais rápido crescimento da Nova Zelândia. As chegadas de turistas do país aumentaram 27% no período de um ano. Por outro lado, o país mais populoso do mundo respondeu por apenas 1,8% das exportações de vinho da Nova Zelândia em valor, contra uma participação de 30% dos EUA.

O gerente da Cloudy Bay, Mario Dussurget, afirmou para os jornais neozelandeses que isso mostra uma transformação no interesse dos visitantes. “Estamos vendo uma nova geração de visitantes que buscam uma experiência diferenciada e exclusiva ligada ao vinho”. A vinícola Cloudy Bay foi comprada em 2003 pela LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, a maior fabricante de produtos de luxo do mundo. “Esses visitantes já foram a Bordeaux, talvez a Napa e também a Barossa Valley, e agora querem algo único”, concluiu.

A oferta das vinícolas ficou mais sofisticada e a experiência, como um todo, melhorou – é assim que pensa o dono da Appellation Central Wine Tours, Philip Green. A empresa de Philip fica em Queenstown, uma cidade famosa por seus esportes de aventura, também considerados uma atração para as vinícolas do sul do país. “A Nova Zelândia é vista cada vez mais como destino de vinhos e alimentos”, concluiu.

De Hobbiton à Jackson Estate

(Hobitton) Do cinema à vinícola: o homem que ajudou na criação de Hobbiton, e inspirou o paisagismo da trilogia Senhor dos Anéis, agora está assessorando a transformação da Jackson Estate.
(Hobitton) Do cinema à vinícola: o homem que ajudou na criação de Hobbiton, e inspirou o paisagismo da trilogia Senhor dos Anéis, agora está assessorando a transformação da Jackson Estate.

A agradável vila dos Hobbits encantou fãs de Senhor dos Anéis no mundo todo. Mas para os responsáveis da Jackson Estate, o “inventor” da paisagem sedutora e fantástica do filme, Brain Massey, está inspirando mais do que a história do aclamado escritor Tolkien. Para eles, as transformações propostas pelo homem que ajudou a criar Hobbiton, e foi paisagista da famosa trilogia, são a nova aposta para atrair os turistas à vinícola.

Brian está assessorando o paisagismo em torno da vinícola e da adega que a empresa está construindo – e é o oitavo estabelecimento a ser aberto com foco turístico em Marlborough em dois anos. Do escritório, em Wellington, o diretor administrativo Jeff Hart supervisiona o progresso dos trabalhos, por meio de uma webcam. “O fato de ter um lugar nos dará um espaço para compartilhar com as pessoas”, afirmou o diretor.

 

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Quem Sou

Sou jornalista especialista em vinhos e em comunicação digital. Sou sommelier Fisar e diretora da Associação Brasileira de Sommeliers do DF. Possuo qualificação Nível 3 (Wine Spirit Education Trust) e o Intermediário do ISG. Também tenho certificado em vinhos franceses (FWS) e vinhos californianos (CWAS).

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